Concretos polímeros agregam resistência e vida útil às estruturas

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Concretos polímeros agregam resistência e vida útil às estruturas

Existem diversas tecnologias que se tornaram grandes aliadas da construção civil. Uma delas são concretos polímeros, um tipo de material de alta qualidade, que é composto por uma seleta combinação de áridos.

Eles apresentam muitas vantagens, como a colaboração com a durabilidade ou com os esforços a que são submetidas as construções ao longo de sua vida útil. Mesmo assim, no Brasil ainda existe uma certa resistência quanto à utilização de concretos polímeros.

O receio ocorre, principalmente, pelo desconhecimento de alguns profissionais sobre os benefícios da utilização deste tipo de polímeros como agentes para a melhoria das propriedades dos concretos convencionais. 

No entanto, existe a possibilidade desta conjuntura se modificar a partir do momento em que os responsáveis pelos projetos de estruturas passarem a especificar essas tecnologias e materiais como forma de melhorar o desempenho de suas construções.

Mesmo assim, o uso dos concretos polímeros na construção civil está se estendendo e abrangendo a utilização em diferentes situações, como revestimentos poliméricos para proteção do concreto à ação de agentes agressivos, além de revestimentos impermeabilizantes e materiais adesivos. Atualmente, podem ser considerados hoje como imprescindíveis aos serviços ligados à reparação do concreto.

Na realidade, existem muitos benefícios de utilizar os concretos polímeros. Dependendo do tipo, podem oferecer melhores condições para a produção no canteiro de obras ou pelas concreteiras nas usinas.

Sua utilização também é bastante simplificada, resultando apenas de uma simples adição durante a fase de mistura dos materiais em betoneira, como normalmente é feito com os aditivos convencionais empregados nos concretos de cimento Portland. 

Apesar disso, alguns tipos exigem maior nível de conhecimento e capacitação por parte dos usuários do produto.

Dentre os benefícios, podemos destacar que são fundamentais para a obtenção de concretos de melhor desempenho, proporcionando maior resistência mecânica e durabilidade. 

A partir da introdução de maior quantidade de materiais poliméricos no concreto, é possível ter ainda melhores propriedades buscadas pelos engenheiros e arquitetos, que estão preocupados com o desempenho das construções.

Além das melhorias em questão de segurança e desempenho, também oferecem menor impacto ambiental, já que colabora para diminuir o consumo de energia e de resíduos no ambiente, pois permite minimizar os insumos utilizados na construção, além do incremento de sua vida útil.

A única situação em que o concreto polímero não deve ser empregado é a dos ambientes confinados e de baixa ventilação. 

Vale ressaltar também que para evitar possíveis patologias (assim como em qualquer tipo de produto) deve-se atentar para as indicações constantes da ficha técnica dos produtos utilizados e da capacitação dos aplicadores desses materiais.

Existem três tipos de concretos polímeros, que são caracterizados pelos diferentes materiais que o compõem. Além disso, se diferem também pelas técnicas que são adotadas para a produção de cada e também na própria utilização da construção. Saiba mais:

Conheça os três tipos de concretos polímeros

1 – Polymer Modified Concrete e Polymer Cement Concrete – O primeiro tipo é o concreto modificado com polímero, que possui o nome em inglês de Polymer Modified Concrete (PMC). 

Basicamente, ele é composto por aglomerante a base de cimento Portland. Nesta categoria, a base do cimento sofre a adição de polímero na massa do concreto ainda fresca, numa proporção inferior a 1% da massa do concreto.

Ainda existe um subtipo, denominado Polymer Cement Concrete (PCC), que apresenta conteúdo de polímero que supera 1% da massa do concreto. 

Já a matriz cimentícia deve ser misturada aos agregados miúdo (areia) e graúdo (brita) e depois deve ser feita a adição de água de amassamento contendo o polímero. 

Ele pode até mesmo atingir teores mais elevados em relação ao conteúdo de cimento.

Para a sua produção, podem ser executados os métodos normais da produção dos concretos convencionais. Já existe uma grande vertente de produtos comercializados que são adquiridos pelos projetistas, mas é possível fazer a sua produção no próprio canteiro de obras, com o uso dos equipamentos disponíveis.

Na versão pronta, podemos exemplificar com as argamassas colantes para o assentamento de pisos cerâmicos e os grautes específicos para recomposição estrutural de elementos de concreto armado. 

Existem diversas empresas que trabalham no mercado nacional que disponibilizam estes tipos de concretos polímeros para a construção civil.

Além disso, vale ressaltar que é possível modificar as propriedades das argamassas e concretos à base de cimento Portland utilizando polímero ou copolímero. 

Desse modo, existe a possibilidade de adequar suas propriedades físicas e químicas segundo as exigências.

2 – Polymer Impregnated Concrete (PIC) – Seguindo com os tipos de concretos polímeros, nessa categoria, a impregnação do concreto de cimento Portland ocorre no seu estado endurecido por um polímero ou copolímero e é denominado Polymer Impregnated Concrete (PIC).

Desta forma, o conteúdo de polímero pode ficar entre 3 e 8% da massa do concreto. 

Em sua forma líquida, a resina polimérica penetra nos poros abertos da superfície do concreto. Desse modo, possibilita ganhos de resistência mecânica ao elemento.

Além disso, a melhoria do desempenho também ocorre através da sua ação de agentes agressivos presentes no meio.

Tanto PMC, quanto PIC e o subtipo PCC são empregados para que se faça a recuperação de elementos e sistemas estruturais deteriorados. Assim, é possível estender a segurança e vida útil das construções.

Nesse sentido, as técnicas que são utilizadas para corrigir patologias com a impregnação de concretos, podem se basear na aplicação de uma resina polimérica de média a baixa viscosidade. 

Esta aplicação deve ser feita sobre a superfície do elemento, semelhante a uma pintura convencional, utilizando ferramentas simples como pincéis, rolos ou sprays tipo airless.

Tudo isso depende das dimensões dos elementos a serem tratados, no entanto, também é possível utilizar técnicas sofisticadas, onde o elemento a ser impregnado passa por um processo de vácuo.

Após isso, ele passa por imersão na resina ainda sem catalisar, combinado ao aumento de pressão com o intuito de maximizar a quantidade de polímero que é introduzido através dos poros do concreto. 

Por último, ocorre a polimerização por meio de um processo de radiação ultravioleta ou infravermelha.

O PIC apresenta maior complexidade que as modalidades de concreto PMC e PCC. Isto ocorre porque existe a necessidade do executor um maior conhecimento sobre as técnicas e os meios de produção que ofereçam maior produtividade, economia e segurança.

3 – Polymer Concrete – Por último, o terceiro tipo dos concretos polímeros destacados é o Polymer Concrete (PC). 

Possui conteúdo de polímero variando de 8 a 12% da massa do concreto e tem como aglomerante uma resina polimérica, ao invés do cimento Portland, como é o caso dos outros. Neste modelo de produto, ele até pode estar presente, no entanto, será apenas como carga mineral, não atuando como ligante.

Nesse caso, a função do polímero é de fazer o envolvimento dos agregados naturais ou artificiais presentes na mescla. Com isso, ele proporciona trabalhabilidade e capacidade de conformação segundo o molde ao qual é aplicado.

Além disso, ele pode ser utilizado como um material de estucamento para recuperação de elementos deteriorados de concreto convencional. 

Outra possibilidade é fazer com que ele constitua os granitos artificiais, muito utilizados em pisos monolíticos e bancadas de cozinhas projetadas.

Este tipo também pode ser produzido no canteiro de obras, mas deve-se utilizar fundamentalmente equipamentos adequados e manuseio especializado por parte de seu produtor ou usuário.

Como os outros tipos e subtipos, o PC é muito utilizado na forma de produtos industrializados, para aplicações específicas. 

Nesse sentido, pode ser aplicado na recuperação de elementos de concreto convencional. Também existem situações particulares, onde os agentes de aderência para engajamento de barras ou perfis de aço no concreto armado.

 

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